setembro 25, 2010

A maçã, toma de mim.

“As Três Graças”, do pintor italiano Rafael



Toma, cá está

Dou-te o que queres

A febre da maçã

Pegue logo

não renegues

Cuidado, olha o tempo!

Já chega o sol

Vamos, ande logo

se apressa

Olha o sol!

Ora, tu não queres?

Mas o que há?

Outra oportunidade?

Ah... não vou dar!

Vaidade?

É pura vaidade

Não vem de mim

Mas é dessa máquina do mundo

que me faz querer amor

[vagabundo

O que me dizes?

Não ouço...

Mas, não! Não fales alto!

Outros querem a febre

Essa febre é que rege

[a vida

O povo que pede

Tanta maçã assim.

Fazer o quê?...

Se isso move o mundo

[todo

E também o mundo

[que está em mim










[Ah! Da próxima vez não peças, toma de mim!]

3 comentários:

  1. Um dou-não-dou que quase mata mais que febre terçã. O desejo e a maçã, mas uma maçã é uma maçã e a poesia da maçã, é o disfarce do desejo.

    grande abraço,

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  2. Oi, Ry. Sim começou maravilhosamente bem. Começou pelo desejo Eros. Começou pela maçã. O paraíso.
    Grande abraço e obrigada pelas palavras.
    Teu comentário foi mais poesia.

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  3. Que coisa linda, Renata!
    Apetece mesmo pegar. Será efeito da maçã?

    Beijo :)

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"Tudo vale a pena se a alma não é pequena." Fernando Pessoa