Eu faço como as pessoas: não escolho algo para olhar, eu passo o olhar sobre tudo.
Não escolho. O problema é que, talvez, algo tenha me escolhido e eu não dedico a este algo o tempo necessário. Sinto-me na obrigação. Sinto-me na vontade. Não escrevo por necessidade, como tantos, pois nem minhas magoas, alegrias, sei colocar no que escrevo e se coloco é porque a minha consciência – mesmo aos quinze anos – já me prega peças.
Eu sou o inevitável calar de bocas, sentidos e sentimentos. No entanto, sou aquela que fala, fala, sente, sente, toca.
Não me entrego, nem me devoto, mas amo. Amo as palavras não como quem ama alguém, mas como quem ama o próprio mundo.
02/01/2010
Escrevi por causa do meu conto A árvore e Lúcia.
PS. Tenho, hoje, 17 anos.
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"Tudo vale a pena se a alma não é pequena." Fernando Pessoa