–– Tu não me queres!
–– Tu nunca me quisestes!
–– E tu sabes disso! Sempre soube...
–– Não venha falar-me bobagens, Dolores.
–– Bobagens? Achas tu que estou a dizer bobagens?! Olha a ti mesmo. Veja como estás... Degrada-te a cada dia.
–– Sempre amei a ti. Tu nunca me quiseres. Sempre brincastes com meus sentimentos.
–– Tu não percebes que teu problema não é no coração; teu problema sempre foi outro... Teu problema é tua cabeça, pois ela nunca foi habitada pela razão.
–– Por que, Dolores? Por que fazes isto comigo?
–– Nunca te fiz nada... Tu quem me fizestes e ainda me fazes coisas ruins. E se quiseres... Toma-me a força... Pois sabes muito bem que nunca habitará meu coração, nunca vais conseguir.
–– Tu que sempre me obrigaste a ter atitudes impensáveis!
–– Não consegues, ao menos uma vez, admitir que és culpado?
–– Eu não quero mais conversa. Deita aí... Pois que tu já não mereces o meu respeito!
Rsrs..
ResponderExcluirAdorei, difente do que costumo ler!
"Teu problema é tua cabeça, pois ela nunca foi habitada pela razão. "
Sofro do mesmo problema, só as vezes.. rs
Beijos
B. G.
ResponderExcluirDiálogo extremamente bem escrito, com as sutilezas e ambiguidades do ser humano. Vc é ferinha. Escolhe temas oblíquos.
Beijos,
Marcelo.
Forte!
ResponderExcluirContundente!
Obrigada pela visita.
Abraços,
Não poderia deixar de 'aplaudir' teu pensamento:
ResponderExcluir" A arte é recorte constante. Fulminante passagem em nossos instantes"
(V.Bezerra Guimarães)
Perfeito!
Como é mesmo teu nome?
O sobrenome eu gravei.
Beijos e boa semana.
Linkarei você.
Meu nome é Ryanny...
ResponderExcluirTantos enes...
____
Beijos Mai...
Obrigada, Marcelo.
ResponderExcluirEu me interesso bastante por temas oblíquos. Preciso, entretanto, aprender muito, pois como sabes sou um mocinha.
rsrs.
Beijos
Quem não sofre deste problema, Pri?
ResponderExcluirBEIJOS... OBG PELA VISITA.
Hum...
ResponderExcluirBom poder chamá-la pelo nome. Ontem vi no e-mail, no seu perfil.
Falava ontem sobre vc, como alguém que lê muito bem. "Pois que tu"... Essa construção corretíssima (e um tanto arcaica) se colocada em prova escrita, até em faculdade, faria alguns professores riscarem o "que" (já aconteceu comigo). E não é, na essência mesma da expressão, um mero "pois". É um "pois que". Um equivalente a "uma vez que" (agora, pelo dito) "não mereces meu respeito". Essas sutilezas me fazem aplaudi-la. Em meio a tantas coisas mais.
Beijos,
Marcelo.
.... tu me deixas cada vez mais lisonjeada.
ResponderExcluirNovamente, muito obrigada, Marcelo.
Fantástico. Uma mocinha que escreve muito melhor que muita gente grande. :)) Tua escrita é realmente admirável. Beijos.
ResponderExcluirObrigada, nydia!
ResponderExcluirBeijos