O sol , no acaso , tingia o poente
De sague, de cinza,
De cores tão tristes,
Tão tristes demais!
– Oh feios augúrios!
Pro Jorge ao nascer!
Sofria num quarto,
Um ente querido,
As dores do parto,
De um parto infeliz!
Nos panos do leito
A cor do poente!...
Mais tarde, era noite,
Já noite fechada,
Ouviu-se uns vagidos
Aflitos! Aflitos!
– Meu Deus que será?..
E fora rezavam
Baixinhos louvores,
A Nossa Senhora
do Parto e das Dores!
Jorge Fernandes
Extraído do livro:
Jorge Fernandes - O viajante do tempo modernista
obra completa.
Organização: Maria Lúcia de Amorim Garcia
Editora: Rn Econômico
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Extraído do livro:
Jorge Fernandes - O viajante do tempo modernista
obra completa.
Organização: Maria Lúcia de Amorim Garcia
Editora: Rn Econômico
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Ry,
ResponderExcluirPartos difíceis movem o lutador desde o berço.
Beijos,
Marcelo.